A Netflix anunciou recentemente 10 novas produções nacionais e uma delas chamou bastante atenção: "Meu Namorado Coreano". O novo doc-reality irá reunir cinco brasileiras, em diferentes níveis de relacionamento, desembarcam na agitada Seul para descobrir se as relações sobreviverão à distância, às diferenças culturais e à nova rotina.
De acordo com Adriana 'Dida' Silva, VP e Diretora-Geral da Floresta, a proposta é combinar afeto e autenticidade em uma narrativa que reflete o crescente interesse do público brasileiro pelo formato de realities e pela cultura coreana.
“O casting foi o ponto mais desafiador do projeto. Ele é a alma do programa. Mergulhamos no universo coreano com muito respeito e curiosidade, e fizemos uma grande pesquisa para entender e encontrar perfis que se conectassem com o formato e também com a cultura. Logo, tivemos 21 dias intensos de gravação, uma experiência tão enriquecedora e, certamente, inesquecível", comenta à Netflix.
No X, antigo Twitter, alguns internautas demonstraram preocupação e alguns até já criticaram a produção sobre a possibilidade de romantizar e fetichizar o relacionamento com um homem sul-coreano.
"Espero que nesse reality vocês tenham entrevistado mulheres brasileiras que caíram nesse papo e tiveram que pedir proteção e ajuda pra voltar pra casa ", disparou uma pessoa. "Netflix, você sabia que uma brasileira veio a óbito, tentando se encaixar nos padrões pra ser a namorada de um coreano? Que desserviço hein", comentou outra. "Vocês são malucos?", "Que Lixo", "Que ideia bosta", foram alguns dos outros comentários.
"Já quase não tem mulher daqui romantizando coreano e indo pra lá achando que é um mar de rosas e no fim sofrendo o que o diabo amassou", alertou mais uma.
Atriz brasileira Ana Ruggiero, que atua em doramas, já revelou pressão por padrão de beleza nas produções coreanas. Em 2023, A brasileira Jackeliny Bastos, de 34 anos, denunciou nas redes sociais ter sido agredida e expulsa de casa pelo marido coreano.
Além deste, existem outros relatos de brasileiras que sofreram violência doméstica por parte de parceiros sul-coreanos, especialmente em casos de relacionamentos a distância que evoluíram para casamentos ou convivências.
É importante ressaltar que a violência doméstica é um problema global e que a cultura e a distância podem, em alguns casos, dificultar a identificação e prevenção desses casos.